terça-feira, 16 de setembro de 2008

MARIA SKODOWSKA CURIE

A física polonesa Maria Skodowska Curie (1867-1934) é uma famosa personagem da história da ciência. Foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, conseguindo se destacar como pesquisadora em uma época em que as universidades eram um domínio masculino. Mas qual, afinal, foi sua contribuição importante à ciência? Podemos dizer que, com a colaboração de seu marido Pierre Curie, ela “inventou” a radioatividade e descobriu novos elementos radioativos – o tório, o polônio e o rádio. Foi apenas a partir do seu trabalho que surgiu um enorme interesse pelos fenômenos radioativos e que essa área começou a se desenvolver de fato. Costuma-se dizer que a radioatividade foi descoberta pelo físico francês Henri Becquerel (1852-1908) em 1896. No entanto, somente dois anos depois, em 1898 (um século atrás) o fenômeno da radioatividade foi percebido como algo totalmente novo, graças às pesquisas de Maria Curie e seu marido, o físico francês Pierre Curie (1859-1906).



O INÍCIO NA VIDA ACADÊMICA



Em 1897 aos 30 anos de idade, Maria Curie ainda era uma pessoa desconhecida. Polonesa, de família pobre, conseguiu com muitas dificuldades estudar em Paris, onde obteve as licenciaturas em Física (1893) e Matemática (1894). Casou-se no ano seguinte com Pierre Curie, um pesquisador oito anos mais velho do que Marie, experiente, que já tinha publicado importantes trabalhos experimentais (sobre a “piezoeletricidade”, um fenômeno em que cristais submetidos a tensões produzem eletricidade) e teóricos. Maria realizou suas primeiras pesquisas sobre um tema não muito interessante de física aplicada: o estudo do magnetismo de aços industriais. Em 1897, após uma gravidez difícil, nasceu sua primeira filha, Irène. Logo depois, com o apoio do marido, Maria resolveu tentar aquilo que nenhuma mulher havia ainda conseguido: um título de doutora em física, pela Sorbonne.

O tema escolhido para o doutoramento foi a estranha radiação emitida pelos compostos de urânio, que Henri Becquerel havia descoberto dois anos antes. Nessa época, não se falava sobre “radioatividade” – essa palavra só foi inventada em meados de 1898, pela própria Maria Curie. A descoberta de Becquerel era uma coisa considerada de pequena importância. Ele notara que diversas substâncias contendo urânio emitiam certos raios invisíveis parecidos com os raios X, que atravessavam o papel e produziam manchas em chapas fotográficas. No entanto, esse fenômeno não parecia algo extraordinário: era explicado pelo próprio Becquerel como um tipo de fosforescência invisível – um fenômeno semelhante, portanto, a outros bem conhecidos. Seguindo uma sugestão do físico inglês Silvanus Thompson (1851-1916), o fenômeno era chamado de “hiperfosforescência”. Becquerel havia escrito alguns artigos curtos sobre o assunto, e depois abandonara essa linha de pesquisa, que não lhe parecia promissora, dedicando-se a outro fenômeno que, na época, lhe pareceu muito mais importante. Trabalhos publicados por diversos autores da época pareciam indicar que muitos outros materiais também emitiam radiações invisíveis capazes de produzir marcas no papel fotográfico: giz, papel comum, açúcar, e até vagalumes.

Maria Curie deve ter iniciado o estudo das radiações do urânio sem grandes expectativas. O primeiro tópico que estudou foi a condutividade elétrica do ar produzida por esses raios. Quando se coloca um composto de urânio perto de um objeto eletrizado, ele se descarrega. Em sua pesquisa, Maria Curie fez medidas desse efeito utilizando um instrumento que Pierre Curie havia inventado – um aparelho de medidas elétricas que utilizava um quartzo piezoelétrico. Não há dúvidas de que Pierre foi quem orientou os primeiros passos de Maria nessa pesquisa.



AS PESQUISAS COM RADIOATIVIDADE



A escolha do método elétrico foi um golpe de sorte. O uso de chapas fotográficas para estudar as radiações era uma técnica inadequada, porque elas são influenciadas por inúmeros fatores: calor, pressão, umidade, efeitos químicos, etc. Enquanto apenas se utilizava chapas fotográficas, era impossível perceber que as radiações do urânio eram uma coisa diferente das outras supostas radiações invisíveis. No entanto, quando foram estudados os efeitos elétricos, foi possível perceber que o giz, o papel, o açúcar e as outras substâncias que pareciam emitir raios invisíveis não tornavam o ar condutor de eletricidade.

Maria Curie testou diversos compostos e minerais contendo urânio. Todos eles tornavam o ar condutor. O efeito observado dependia da proporção de urânio nos compostos, mas não dependia dos outros elementos presentes. Isso indicava que a emissão de radiação não estava associada à estrutura molecular ou cristalina das substâncias em questão, dependendo apenas da quantidade de átomos de urânio no material.
Maria Curie examinou um grande número de substâncias comuns, depois começou a testar sistematicamente todos os compostos químicos e minerais que existiam no laboratório da Escola Industrial de Química e Física, onde trabalhava. Inicialmente, nenhum deles parecia produzir efeitos semelhantes ao urânio. Após muitos resultados negativos, no entanto, Maria Curie encontrou a primeira novidade: os compostos de tório também produziam efeitos iguais aos do urânio.
Perceber que as radiações estudadas por Becquerel não eram uma propriedade exclusiva do urânio foi um passo importante, mas na verdade essa descoberta de Madame Curie já tinha sido antecipada: dois meses antes, o físico alemão Gerhard Schmidt (1865-1949) já tinha descoberto que o tório também emitia radiações do mesmo tipo.
Além do urânio, do tório e seus compostos, ela notou que o cério, o nióbio e o tântalo também pareciam fracamente ativos. Já se sabia que o fósforo branco também era capaz de ionizar o ar, mas Maria Curie notou que outras formas do fósforo (fósforo vermelho, ou fosfatos) não produziam o mesmo efeito e que, portanto, provavelmente se tratava de um fenômeno de natureza diferente.
Examinando diversos minerais naturais, Marie Curie notou que, como era de se esperar, todos os que continham urânio e tório emitiam as radiações ionizantes. Porém, para sua surpresa, observou que alguns minerais produziam radiações mais intensas do que o urânio ou o tório puros. A calcolita natural, por exemplo, era duas vezes mais ativa do que o urânio metálico. Isso contrastava com os resultados anteriores que indicavam que a intensidade de radiação era proporcional à quantidade de tório ou de urânio dos compostos. Para verificar se esse resultado era devido à natureza química dos materiais, Curie sintetizou um dos minerais, a calcolita (fosfato cristalisado de cobre e de urânio) a partir de substâncias químicas puras, e notou que essa calcolita artificial era tão ativa quanto outros sais de urânio, e menos ativa do que o urânio puro. Marie Curie conjeturou que esses minerais deviam conter algum outro elemento desconhecido, mais ativo do que o urânio.

http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Curie/Curieradia.htm

A física polonesa Maria Skodowska Curie (1867-1934) é uma famosa personagem da história da ciência. Foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, conseguindo se destacar como pesquisadora em uma época em que as universidades eram um domínio masculino. Mas qual, afinal, foi sua contribuição importante à ciência? Podemos dizer que, com a colaboração de seu marido Pierre Curie, ela “inventou” a radioatividade e descobriu novos elementos radioativos – o tório, o polônio e o rádio. Foi apenas a partir do seu trabalho que surgiu um enorme interesse pelos fenômenos radioativos e que essa área começou a se desenvolver de fato. Costuma-se dizer que a radioatividade foi descoberta pelo físico francês Henri Becquerel (1852-1908) em 1896. No entanto, somente dois anos depois, em 1898 (um século atrás) o fenômeno da radioatividade foi percebido como algo totalmente novo, graças às pesquisas de Maria Curie e seu marido, o físico francês Pierre Curie (1859-1906). Vamos contar essa história.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Palestra do DMAE

Um estagiario do DMAE fez uma palestra sobre a poluição dos rios e lagos e o tratamento da água na sexta-feira dia 08/08/08, na sala multiuso da nossa escola.
Ele veio para concientizar os alunos da escola sobre os problemas ambientais e pedindo que tomassemos medidas de ajuda. Falou da história do DMAE e como foi a evolução dos modos de tratamento água e mostrando imagens que são muito significativas que mostram as coisas boas e mas da terra e como convivem juntas.
Foi uma palestra muito educativa que mostrou o quanto é importante conservar a água.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

pro-guaiba

A Região Hidrográfica do Guaíba, formada por nove bacias hidrográficas, tem um papel crucial na vida econômica e social do Rio Grande do Sul. Ela abrange 251 municípios, responsáveis por 70% do PIB estadual. Nessa área, que representa 30% do território do Estado, residem mais de seis milhões de habitantes, dois terços da população total do RS.


Esse cenário deu lugar a uma nova realidade com a implantação, em 1995, do Programa de Gerenciamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Guaíba (Pró-Guaíba). A iniciativa foi lançada com o objetivo de estabelecer as condições necessárias para a utilização racional dos recursos renováveis da região hidrográfica, visando a melhoria de qualidade de vida da população. O investimento inicial foi de US$ 220,5 milhões, dos quais 60% financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os outros 40% foram destinados ao programa pelo Governo do Estado. O programa foi elaborado e executado pela Secretaria de Coordenação e Planejamento (SCP) até 2002, passando a ser desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) desde então.


O Pró-Guaíba, um dos maiores programas de manejo integrado de microbacias financiado pelo BID em toda a América Latina, promoveu a recuperação da Região Hidrográfica, gerando benefícios para a população do Estado. Ao mesmo tempo, conseguiu integrar todos os setores envolvidos com a gestão ambiental no Estado, viabilizando, também, a participação das comunidades. As decisões sobre o tema passaram a ser tomadas pelos Conselhos Consultivo e Deliberativo, formados por Secretários de Estado, ONGS e por membros de entidades representativas da sociedade gaúcha, como Comitês de Bacias Hidrográficas, integrando-se ao Sistema Estadual de Recursos Hídricos, criado em 1994.

O Programa atuou nos principais problemas ambientais nas áreas urbanas, principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre e na Aglomeração Urbana do Nordeste, como na contaminação industrial, disposição irregular de lixo e lançamento de esgotos in natura nos rios e arroios, desenvolvendo programas de coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e controle da poluição industrial. A iniciativa investiu cerca de US$ 116 milhões na construção de três estações de tratamento de esgoto na região metropolitana da capital gaúcha (em Porto Alegre, Gravataí e Cachoeirinha). Essas instalações beneficiam diretamente 542 mil pessoas, possibilitando aumentar para 24% o esgoto tratado em Porto Alegre, representando 18,5% na região metropolitana e 9% em toda a região circunvizinha. No caso das ligações domiciliares, a meta original de 25.839 ligações foi superada.

Outra ação importante foi a elaboração do Plano Diretor de Resíduos Sólidos, com indicação de áreas críticas e soluções para a região metropolitana de Porto Alegre, onde são recolhidas diariamente mil toneladas de lixo. Além disso, foram investidos cerca de US$ 5,6 milhões na construção de aterros sanitários em Gravataí e Porto Alegre, além de duas unidades de triagem de lixo, que favorecem a reciclagem dos detritos, gerando centenas de empregos diretos e indiretos e, conseqüentemente, renda na região metropolitana. A Unidade de Triagem e Compostagem, na Lomba do Pinheiro, por exemplo, gerou 180 postos de trabalho. O local tem capacidade de transformar 10% do lixo de Porto Alegre em composto orgânico para uso agrícola. Com essas ações, Porto Alegre implantou, pela primeira vez, um sistema de coleta seletiva de lixo, resultando numa cobertura de 100% na coleta de lixo seco, o qual é encaminhado às Unidades de Triagem de Resíduos Sólidos.

Para controlar a poluição industrial, o Programa investiu, através da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Luís Henrique Roessler (FEPAM), identificando, cadastrando e classificando 32,4 mil indústrias e preparou um plano de ações para eliminar as fontes poluidoras e conceder licenças operacionais. Esta ação proporcionou a redução de até 90% da carga orgânica bruta gerada pelas indústrias mais poluidoras.

Uma rede de monitoramento ambiental permanente também foi implantada na região. O programa investiu US$ 4 milhões na operação de rede de monitoramento da qualidade da água em 88 pontos e 14 poços de águas subterrâneas e na aquisição e instalação de sete estações de monitoramento da qualidade do ar.

Nas áreas rurais, por meio da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS), o Pró-Guaíba também ofereceu apoio aos pequenos agricultores com financiamento para intervenções em micro-bacias, voltadas para práticas agrícolas adequadas, agroecologia e educação ambiental. Mais de 8.650 famílias em 156 municípios estão sendo beneficiadas por meio de um financiamento médio de R$ 3,4 mil por família, com investimento total de US$ 25 milhões.

Os recursos oferecidos ao agricultor para a compra de equipamentos, práticas de conservação do solo, aquisição de adubos e calcário são financiados em até 4 anos, com 2 anos de carência e juros de 4% ao ano. O dinheiro pago pelo agricultor é destinado um Fundo Rotativo Permanente, possibilitando a contratação de novos investimentos.

Apoiando a conservação da fauna, flora e culturas regionais, o Pró-Guaíba investiu parte dos recursos na implementação de parques estaduais. É o caso do Parque Estadual de Itapuã, uma das unidades de conservação mais ricas em biodiversidade da Região Metropolitana. No local ainda podem ser encontradas espécies raras como o bugio-ruivo, a lontra e o jacaré-de-papo-amarelo.

O Parque Estadual Delta do Jacuí também recebeu investimentos. São 14.242,05 hectares de proteção integral, atualmente inseridos na Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Jacuí, formado por 28 ilhas, que funcionam como uma "esponja", regulando a vazão das águas na época das cheias, assim como preservando a qualidade de suas águas. Entre as ilhas está a da Casa da Pólvora, contendo um complexo de prédios datados de 1.852, que foram restaurados para a uma exposição museológica com aquários, terrários, plantas e animais da Região do Delta do Jacuí.

turístico ao Estado.

O Programa implantou um Sistema de Informação Geográfica que busca o fortalecimento institucional, a capacitação de técnicos e a aplicação da tecnologia de geoprocessamento. O acervo do Pró-Guaíba é considerado o sistema de informação geográfica mais completo do RS, por possuir bases cartográficas em maior escala.

Em 2003, foi desenvolvido o Pró-Siga, um sistema de apoio à gestão ambiental que integra um módulo de geoprocessamento a dados oriundos do Diagnóstico Ambiental e Socioeconômico da Região Hidrográfica do Guaíba, da Consulta Pública e das demandas apontadas nos encontros regionais realizados nas nove bacias e do processo de Participação Popular.

O Pró-Guaíba também investiu US$ 900mil em ações de educação ambiental. Foram promovidos projetos de educação não-formal, como a “Romaria das Águas”, evento que tem como objetivo motivar o uso racional da água, por meio do caráter simbólico atribuído pelos diferentes grupos sociais.

http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/proguaiba.htm

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

meu resumo geral

O que aprendi com estes textos é que os movimentos ambientalistas foram criados para ajudar o meio ambiente e o proteger.
Sem estes progetos de ajuda ao meio ambiente haveria o dobro do desmatamento que existe hoje,a situação já esta critica se não ouve sem estes movimentos ambientais não teria nem a metade da fauna e flora que temos hoje.Os movimentos ambientais foram feitos para nos ajudar a proteger a fauna e a flora.
Eu não consegui encontrar onde, como e por que foram criados os movimentos ambientalistas mas consegui entender bem para que servem.

projeto meio ambiente

O Movimento Ambientalista

O pensamento ambiental vem sendo expresso ao longo da história do homem principalmente pelos filósofos e teólogos, a exemplo de Francisco de Assis o santo ecológico. Segundo Herculano (1992), remontam ao século XVI os primeiros questionamentos do homem sobre o meio ambiente, com as grandes navegações e a ampliação das fronteiras mundiais para novos continentes, contrapondo a cultura e a civilização européia aos costumes e a relação com o meio ambiente dos habitantes do novo mundo. A carta de Pero Vaz Caminha ao rei de Portugal no ano de 1500 é um dos marcos dessa dicotomia ambiental. Com a revolução industrial e científica no século XVIII, estabeleceu-se definitivamente um divisor de águas entre a sociedade do homem "desenvolvido" e sua cultura peculiar em contraponto dissonante à Natureza. O surgimento de uma ideologia consumista nas linhas de produção capitalistas, deu origem às primeiras reflexões quanto a atuação danosa do homem sobre a Natureza.

A partir do início dos testes nucleares e as explosões das bombas atômicas sobre o povo japonês, próximo a metade do século atual, é que surge e se organizam os primeiros ambientalistas, chamados alternativos, procurando mostrar ao mundo a possibilidade de estar sob o comando de malucos poderosos, que poderiam explodir o planeta por conta de suas veleidades. Somado a essas, o quase extermínio da águia americana pelos pesticidas agrícolas, a crítica às desigualdades oriundas da sociedade de consumo, além do grande desenvolvimento da indústria bélica e dos estados autoritários, levaram ao crescimento dos movimentos pacifistas que compuseram o surgimento dos hippies, vertente mais doce até hoje surgida no movimento ambientalista.

Outra corrente deste surgiu com os neo-malthusianos embasados na teoria do economista Thomas Robert Malthus, que em 1798 publicou um ensaio pioneiro sobre o estudo do crescimento das populações e como isso afeta o desenvolvimento futuro da sociedade humana. Propunham a necessidade do controle populacional como forma de conter a degradação do meio ambiente e da qualidade de vida. Imputa-se a esse mesmo pensamento a implementação em países subdesenvolvidos nos idos dos anos 70, inclusive o Brasil, de políticas de esterilização de mulheres em comunidades carentes.

Cabe a ressalva que a esterilização não era o pensamento dos ambientalistas, mas o controle racional movido pela consciência de limite dos recursos naturais, como no exemplo clássico dos pastores medievais que levam seus rebanhos a um pasto comunal e a restrição natural ao aumento desses rebanhos, sob pena do esgotamento do pasto e o fim de todas as ovelhas.

Com a pressão do governo da Suécia sobre a ONU, por motivo do desastre ecológico da Baía de Minamata, no Japão, realizou-se em 1972 a Conferência de Estocolmo, uma reunião internacional sobre o meio ambiente. A partir desta surgiram mais duas correntes do pensamento ambientalista: os zeristas e os marxistas. Os zeristas, servindo-se da trincheira do Clube de Roma e com as armas fornecidas pelo relatório de Meadows et alii sobre os Limites do Crescimento, propunham o crescimento zero para a economia mundial respaldados em projeções computacionais sobre o crescimento exponencial da população e do capital industrial como ciclos positivos, resultando em ciclos negativos representados pelo esgotamento dos recursos naturais, poluição ambiental e a fome. Assim previam o caos mundial em menos de quatro gerações. Já os marxistas embasados na contribuição no mesmo ano de Goldsmith et alii e o Manifesto pela Sobrevivência, atribuíam a culpa ao sistema capitalista e ao consumismo da ideologia do supérfluo, provocando a banalisação das necessidades e a pressão irresponsável sobre o meio ambiente, obtendo como subproduto do crescimento industrial a degradação ambiental. Os marxistas franceses a mesma época propõe a mudança do modo de produção e consumo, fundamentados em uma ecologia com ótica socialista, que abandone a produção de gadgets pela produção de bens necessários transformando o trabalho árduo em trabalho criador, reduzindo este para aumentar o lazer cultural e a relação ecológica do homem com o meio ambiente.

Com uma visão universal e baseados em uma compreensão ecológica do planeta, os fundamentalistas deixam de lado o antropocentrismo em nome de uma interpretação ecocêntrica, onde a Terra é um enorme organismo vivo, parte de outro universal e maior, onde o homem é uma das formas de vida existente, não possuindo assim qualquer direito de ameaçar a sobrevivência de outras criaturas ou o equilíbrio ecológico do organismo. Para James Lovelock a Terra é Gaia, nome que dá ao planeta, capaz de reações contrárias às agressões humanas. Segundo nosso entendimento essas reações podem estar sendo refletidas na redução da camada de ozônio em nossa atmosfera, o efeito estufa e o fenômeno "el niño".

Os verdes, surgiram nas eleições de 1983 da Alemanha, com uma proposta de ecologia social contra o consumismo provocado pela alienação das linhas de produção. Suas propostas visam a descentralização para o ativismo ambiental, a reação pacífica, a melhora na distribuição social da renda e uma conduta ética em relação ao meio ambiente(need not greed, ou seja, uma economia verde voltada para as necessidades e não para o lucro).

Complementando a amostragem surge na atualidade os eco-tecnicistas, os chamados "eco-chatos", cuja visão reducionista, otimista e imobilista, acredita na solução dos problemas ambientais através do desenvolvimento científico e da introdução de novas técnicas. Com uma retórica positivista, incorrem numa visão fragmentada e tecnicista, desconhecendo o sentido holístico e ecológico da Natureza.

Fonte: http://www.imoveisvirtuais.com.br/proximo.htm

progeto meu ambiente

Os movimentos ambientalistas foram criados a partir das décadas de 1960 e 1970, devido ao agravamento dos problemas ambientais. Sendo assim, eles surgiram para defender a natureza e atuam por meio de ONGs.

Os movimentos ecológicos, como também são chamados, são divididos em alguns tipos: o conservasionismo, o ecodesenvolvimentismo e o ecocapitalismo. O conservasionismo é o mais radical, a idéia é não utilizar mais os recursos da natureza. Isso é um tanto utópico, já que não podemos regredir no tempo e na tecnologia. Essas idéias que inspiram a ação dos movimentos mais ativistas, como o Greenpeace. Outra idéia é o ecodesenvolvimentismo, que acredita que podemos continuar nos desenvolvendo, mas de forma sustentável. A fundação SOS Mata Atlântica segue essa idéia. Finalmente, o ecocapitalismo que não se preocupa com o futuro. Acredita que devemos continuar a utilizar os recursos da natureza e só tomar decisões em casos extremos.

Atualmente, um dos principais movimentos ambientalistas são: WWF, GRUDE, Greenpeace e Fundação SOS Mata Atlântica. A missão do WWF-Brasil é contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza, harmonizando a atividade humana com a preservação da biodiversidade e com uso racional dos recursos naturais, para o benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.O GRUDE (Grupo de Defesa Ecológica) tem como missão melhorar a qualidade de vida da população através da defesa e proteção do meio ambiente.

Existem muitas ONGs atuando no mundo inteiro, sendo que muitas atuam no Brasil. Elas alertam sobre os riscos ambientais que ameaçam o planeta e ajudam a estabelecer uma forma de convivência harmônica com a natureza.

O mundo capitalista em que vivemos atualmente está deteriorando o planeta. Essa situação tem que mudar e o primeiro passo já está sendo feito pelas ONGs. Entretanto, enquanto toda a população não se conscientizar, não resolveremos esse problema.

Fonte: http://www.issj.com.br/revista_eletronica/capa.htm