Aquecimento global é principal tema da reunião do G8
RIO - A adoção de metas para reduzir as emissões de gases de feito estufa está entre os temas principais da agenda da reunião de cúpula do Grupo dos Oito (G8, grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia) que acontece entre segunda e quarta-feira, em Hokkaido, no norte do Japão.
Durante o encontro entre presidentes e primeiros-ministros dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Japão e Rússia, além de outros 12 países - incluindo o Brasil -, o foco central está na possibilidade de o governo americano aceitar o acordo para estabelecer metas de redução da emissão de gases de efeito estufa para 2020.
De acordo com o presidente da Comissão Européia que estará no encontro, José Manuel Barroso, sem a iniciativa do presidente americano George W. Bush há poucas chances de progresso até o final do próximo ano, quando países se encontrarão para tentar consolidar um novo pacto de mudanças climáticas da ONU.
" Não creio que os Estados Unidos vão subscrever nossos números e objetivos, mas esperamos que dêem um passo à frente "
- Não creio que os Estados Unidos vão subscrever nossos números e objetivos, mas esperamos que dêem um passo à frente e que o progresso se faça em direção às posições da EU - disse Barroso.
O estudo "G8 Climate Scorecards" (boletim de notas climático do G8), divulgado na semana passada, estabeleceu um ranking dos países do G8 que mais emitem gases de efeito estufa e enfatizou que nenhum deles cumpre promessas sobre corte de emissões .
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Na reunião de cúpula do G8 no ano passado em Heiligendamm, na Alemanha, líderes dos países mais ricos concordaram em considerar uma meta global de diminuir pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Este ano, a União Européia quer que o G8 fixe uma meta de diminuir as emissões até 2020, apesar de oficiais em Bruxelas acreditarem que há poucas chances de administração de Bush aprovar a idéia de uma meta de prazo mais curto.
Os 27 países da UE concordaram em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20%, de acordo com os níveis de 1990, até 2020. Afirmaram, também, que chegariam a cortes de 30% se os demais países industrializados aderissem ao esforço durante o acordo global que deveria ser alcançado em 2009.
Os Estados Unidos dizem que estão comprometidos com a luta contra mudanças climáticas, mas se recusa a cumprir os cortes de emissões até que grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, aceitem os limites mandatários.
- Não podemos ter um acordo efetivo a menos que China e Índia façam parte dele. É simples assim - disse na última quarta-feira o presidente americano, que participa pela última vez do encontro de cúpula como governante do país.
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